Com a chegada do verão e das férias escolares, muitas famílias aproveitam para fazer viagens um pouco mais longas. Por isso, essa época do ano é uma ótima oportunidade para conhecer os demais países da América do Sul e descobrir novas culturas. Quando começamos a planejar esse tipo de viagem, a primeira alternativa que pensamos é cruzar as fronteiras de avião, que é um meio de transporte mais rápido; mas que tal fazer essa viagem de carro? Se você tiver tempo disponível, visitar os países vizinhos de carro pode ser uma ótima opção – além de conhecer novos lugares até chegar ao seu destino, não é preciso se preocupar com horários de voo, limite de bagagem e esperas no aeroporto.
Entretanto, quando o assunto é dirigir lá fora, o viajante precisa estar atento a certas regras. Muito embora o Brasil faça parte do Mercosul (união aduaneira composta ainda por Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) e por isso seus cidadãos tenham maior facilidade para entrar nos países membros, ainda assim, quem faz essa viagem de carro precisa estar preparado para lidar com certa burocracia.
Para que você possa organizar sua viagem de carro adequadamente e aproveitar o passeio ao máximo, a AVR Benefícios separou algumas dicas para os aventureiros que se animaram com a ideia de cair em estradas internacionais.
6 dicas para preparar sua viagem de carro
Carta Verde
Quem pretende fazer uma viagem de carro por um dos países do Mercosul precisa, obrigatoriamente, obter esse documento, que é uma espécie de seguro para cobertura de danos a pessoas que estejam fora do carro (pedestres e ocupantes de outros veículos). A carta pode ser obtida com um corretor de seguros ou em qualquer agência do Banco do Brasil e custo varia de R$48,00 a R$378,00, de acordo com a quantidade de dias que você passará no exterior.
Documentação do carro
Se o veículo estiver no nome do motorista, basta portar o CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo) original. Se o carro for de outra pessoa, é preciso levar uma autorização do proprietário, registrada em cartório e com firma reconhecida (pode ser em português mesmo). Isso inclui o banco ou a financeira a que o automóvel estiver alienado. Sem isso, pode haver problemas para cruzar a fronteira e seguir sua viagem de carro.
Documentação dos viajantes
Para visitar os países que pertencem ao Mercosul, não é necessário levar o passaporte – basta portar a carteira de identidade original (a carteira de motorista não serve como identidade, mas é exigida para comprovar que o motorista é habilitado). Para os demais países da América do Sul, é necessário apresentar passaporte.
Carteira Internacional
Nos países integrantes do Mercosul, só é necessária a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Mas há países, como a Colômbia, que preferem que o motorista porte a Permissão Internacional para Dirigir (PID). A principal função da PID é servir como uma tradução da carteira de habilitação – tanto que o uso da permissão não elimina a necessidade de apresentar, também, a CNH. A PID é emitida pelo Detran de cada estado e custo varia de uma região para outra. Em caso de dúvidas sobre documentação, é sempre bom pedir informações ao consulado ou embaixada do país de destino.
Equipamentos
Além dos equipamentos exigidos no Brasil, como faróis e lanternas em bom estado, placa legível e presença de estepe, macaco, chave de roda e triângulo, alguns países possuem leis que exigem outros equipamentos no carro. Na Argentina, por exemplo, exige-se um extintor de incêndio e pelo menos dois triângulos. Entretanto, motoristas profissionais e sites de viagens falam de exigências mais polêmicas, como um kit de primeiros socorros, um cambão rígido de 3 metros (para o reboque de outros veículos), dois estepes, correntes para os pneus (em lugares onde neva) e até duas mortalhas (lençóis brancos para cobrir eventuais vítimas de acidentes). A lei argentina não menciona nenhum desses itens, mas viajantes que costumam ir ao país dizem que a polícia pode cobrar esses equipamentos, como desculpa para pedir um “regalito”. No Uruguai a legislação é mais parecida com a brasileira e não se ouvem tantos casos de policiais pedindo equipamentos incomuns para “liberar” ninguém.
Dieta do motor
Sempre há o receio de como o carro vai reagir em um país estranho, onde o tipo de clima e o combustível são diferentes do Brasil. Em lugares muito frios, é preciso fazer uma mistura de etilenoglicol em uma proporção de pelo menos 50% em relação ao total de água que cabe no sistema de arrefecimento. Isso evita congelamento e danos ao motor. Quanto ao combustível, vale lembrar que a gasolina é dividida em três tipos: regular, com 87 octanas; super, com 95 octanas; e premium, com 99 octanas (no Brasil, a comum e a aditivada têm 95 octanas, a premium, 98 e a Podium,102). Por isso, se você comprar gasolina regular, pode haver batida de pino (a chamada detonação). Como regra geral, para carros flex, a gasolina indicada é a premium, enquanto veículos com injeção mais antiga se dão melhor com a super.
Links úteis: